Presença da Mulher Negra

na inovação e na tecnologia

Por que tão poucas?

As mulheres negras acumulam os piores indicadores sociais no Brasil. No trabalho, elas recebem os menores salários e têm os mais altos índices de desemprego. Em casa, são as que mais sofrem com a violência e as que têm maior responsabilidade no sustento familiar. Na saúde, são vítimas preferenciais da violência obstétrica, do descaso nos serviços públicos e da criminalização do aborto.

A dificuldade no acesso à educação se reflete no mercado de trabalho. Restam às mulheres negras as posições de menor prestígio e remuneração. De acordo com o “Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), elas estão sobrerrepresentadas no trabalho doméstico – são 57,6% dos trabalhadores nesta posição –, têm a menor presença em posições com mais seguridade social, como o emprego com carteira assinada, e são as que mais sofrem durante as crises econômicas.

Tecnologias não são neutras

Cada vez mais presentes em nossas vidas, as tecnologias acabam por se naturalizar, causando a impressão de que são neutras, enquanto os que possuem esse domínio ditam seu uso.

Silvana Bahia

“Mas as tecnologias estão carregadas com as visões políticas, econômicas e culturais de quem as cria – e esse poder hoje está centrado nas mãos de homens, brancos, heterossexuais, classe média/ricos. Isso já potencializa uma grande desigualdade, em um mundo cada vez mais digital”, explica Silvana Bahia, diretora de projetos do Olabi e coordenadora do PretaLab.

A desigualdade e as barreiras já surgem quando são observados apenas os dados de gênero na tecnologia. Uma pesquisa que analisou a presença feminina em Ciência, Tecnologia e Engenharia no Brasil, China, EUA e Índia concluiu que mulheres abandonam a indústria tecnológica porque são tratadas injustamente, recebem salários menores e apresentam menos chances de serem promovidas do que seus colegas do sexo masculino. No Brasil, 29% das mulheres entrevistadas se sentem estagnadas em seus trabalhos e 22% acham que podem desistir da carreira no próximo ano.

Em um mundo cada vez mais digital e em constante mudança, a ausência pode resultar em um aumento da desigualdade. As mulheres negras precisam fazer parte das vertiginosas mudanças tecnológicas pelas quais passa a economia global.

“Democratizar o acesso às tecnologias não é sobre ampliar o consumo, mas sobre a possibilidade de criar as aplicações. E essa discussão precisa ser colocada não apenas com um recorte de gênero, mas também de raça”, explica Silvana. Segundo um levantamento do Grupo de Gênero da Escola Politécnica da USP (Poligen), em 120 anos a USP formou apenas dez mulheres negras. Ainda, na lista das pioneiras das ciências no Brasil, criada pelo CNPQ, nenhuma das mulheres citadas é negra.

Mulheres negras em movimento

Conheça algumas das iniciativas formadas por profissionais que trabalham para provar na prática e com dados que mulheres não são naturalmente inferiores aos homens em nenhuma função. Mas que supostas “aptidões” são construídas socialmente e limitam o escopo de atuação da mulher desde seu desenvolvimento na infância. Mães e pais não sonham que suas filhas se tornem programadoras, tampouco as meninas encontram muitas referências femininas nas áreas de exatas.

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Amanda Alves

Meu nome é Amanda, tenho 22 anos e dificuldade para falar sobre mim, mas vou tentar. Bom eu gosto de ler jornais, ouvir PodCast, beber vinho (ainda aprendendo) e gosto muito de escrever. Atualmente começando a trilhar o caminho do autoconhecimento. Sobre valores, não há nada mais essencial que a família e não tem pessoa mais incrivel que Jesus.

Estou no 3° período do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, quero me especializar em desenvolvimento Web. Tenho uma certa afinidade com designer gráfico, pois é uma área em constante aprendizado na minha vida, pretendo "unir" o Photoshop e o CSS para desenvolver coisas incríveis.

Este site foi desenvolvido durante o curso de imersão CSS da Alura. Deixo aqui meu agradecimento a todos envolvidos e em especial a Vanessa Me Tonini, que tem uma didática incrivel, e também agradecer a Juliana e ao Paulo Silveira.

Vocês podem me encontrar nessas redes sociais, mas já vou avisando que não tem muita coisa pra ver, mas caso queira contato tem os "direct".